Ninguém gosta de perder o emprego, por pior que ele seja. A não que já se tenha algo em mente ou se possua alguma reserva, o desemprego é sempre o início de um mau momento. Mas assim como a empresa precisa fazer sua boa gestão, também quem fica desempregado tem a necessidade de aprender a gerir suas finanças pessoais, especialmente nos tempos de crise.
Listamos, abaixo, cinco breves dicas para quem está desempregado ou que já deseja se preparar:
Faça as contas
Este não é só um problema de quem foi demitido, pois muitas pessoas empregadas não sabem, com exatidão, quanto gastam durante o mês ou qual o limite. Por exemplo, o casal tem uma renda de três mil reais por mês, mas vive como se ganhasse cinco mil (mas não sabem que gastam cinco) – frequenta lugares caros, compra roupas sem planejamento, viajam, adquirem bens para casa… Muita coisa feita sem planejamento.
Por isso o primeiro passo é detalhar quanto você ganha e o quanto efetivamente gasta por mês, a fim de conseguir entender onde pode economizar. Provavelmente será preciso baixar o padrão de vida, mas é melhor um padrão mais baixo, do que um alto e cheio de dívidas.
Use a criatividade
Ninguém gosta de sair da zona de conforto, mas uma situação de desemprego exige criatividade e isso significa fazer coisas que comumente não se faria. Por exemplo, se há espaço sobrando em casa, que tal alugar um quarto, oferecer parte da garagem para um vizinho que tem dois carros e não tem onde colocar; se a casa for alugada e o tempo de aluguel estiver vencendo, talvez seja uma opção procurar algo mais barato ou morar por um tempo na casa de amigos/parentes. Se a casa for própria, talvez a alugar seja interessante. Quem sabe alugar o carro para algum amigo…
Um fato é verdade: qualquer que seja a mudança, irá exigir esforço e comprometimento, todavia, lembre-se de que tudo visa a melhoria da situação que no momento é ruim; depois que as coisas estiverem melhores, você volta a ter seus planos normais. Seja criativo e veja quais fontes de renda você pode obter com o que já tem.
Não seja precipitado
Ao ser surpreendido por algo inesperado ou grave (como o desemprego), tendemos a agir conforme o impulso de momento. Há relatos de pessoas que ao perderem seu emprego, começam a vender tudo que existe em casa, desde o carro, a pertences pessoais e até mesmo o animal de estimação; outros de imediato modificam o currículo e o saem distribuindo para toda e qualquer vaga existente.
Seja cauteloso nestas horas. Comunique a família, peça ajuda de amigos e reflitam juntos. Costumamos nos arrepender de ações precipitadas.
Cuidado com os exploradores
Muitos já foram iludidos em tempos de crise. Perde-se o emprego e algum “amigo do amigo” diz que logo vai ter uma vaga – a pessoa fica esperando por semanas ou meses e a tal vaga nunca surge. Noutros casos, tenta-se algo informal, porque alguém comentou que naquela vaga existem altas chances de dinheiro rápido e fácil.
Pessoas se aproveitam de quem está em situação de desespero. Cuidado com as “vagas” oferecidas e oportunidades “únicas” de negócio. Seja racional e avalie corretamente a situação.
Utilize o tempo com sabedoria
Alguém desempregado, em tese, possui as oito horas livre por dia. Divida este tempo de forma que ele seja produtivo. Você pode o dividir em dois momentos: as primeiras quatro horas serão para melhorar o currículo e se atualizar nas suas especialidades e as demais para entregar os currículos, conversar com amigos e procurar oportunidades. Seja qual for a divisão, o importante é aproveitar corretamente o tempo.
Uma vez desempregado ou na iminência de o ser, você adquire uma nova tarefa: usar cada dia para encontrar uma nova fonte de renda e assim como em todo trabalho, isso requer administração e disciplina.
Esperamos que os leitores façam bom uso destas dicas e que possam se beneficiar delas. O desemprego não é fácil de se aceitar e assimilar, mas com foco e boa gestão, ele pode ser mais facilmente contornável.
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